Manifestação de protesto, indignação e exigência dos professores, educadores e investigadores portugueses
Organizada pela Fenprof com o lema “Também estou a ensinar, quando luto!” para o dia 12 de Julho com o seguinte programa:
- 15 Horas – Encontro no Rossio onde simbolicamente se irá amordaçar a liberdade que parece viver um tempo de “suspensão”;
- Protesto à frente da Assembleia da República com espetáculo à porta do parlamento com os motes “solidariedade” e “luta”;
- Será solicitado ainda a realização de uma reunião com a Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.
De entre os muitos motivos apontados para esta ação destacam-se:
- Continuidade da política de constituição de mega-agrupamentos que podem chegar a abarcar um universo de 4 mil alunos e cerca de 600 professores;
- Revisão da estrutura curricular em que é evidente o predomínio de princípios economicistas e uma visão conservadora do papel da escola (daí a importância dada às chamadas “disciplinas fundamentais” em detrimento de uma verdadeira e eficaz formação integral dos alunos);
- Aumento do número de alunos por turma estabelecendo-se no ensino básico e secundário a constituição de turmas com um mínimo de 26 alunos podendo no máximo incluir até 30 alunos;
- Regras de funcionamento das escolas, muitas vezes feitas em nome do reforço da sua autonomia, mas que pouco têm a ver com estes princípios ou outros de caráter pedagógico;
- Situação dos alunos com necessidades educativas especiais;
- Grande limitação no que se refere às políticas de creditação e formação de adultos;
- A oferta complementar (vulgo crédito de escola) baseada em princípios que claramente favorecem as escolas situadas em territórios educativos socialmente favorecidos.
Como é evidente estas medidas têm como objetivo fundamental a diminuição das despesas na educação com o despedimento de milhares de professores sem que haja qualquer ganho em termos pedagógicos.
Passa pela cabeça de alguém que se possa desenvolver um trabalho verdadeiramente pedagógico e de interação constante quando se está a trabalhar com um grupo de 30 alunos de 10 anos?
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